segunda-feira, 19 de setembro de 2011

incrivel que eu só tenha pilhas de fazer? pilhas de panos, de louças, de lixo, de perguntas, de medos, de assuntos. a geladeira, o fogão, o jornal, a cozinha, a cozinha..


diferente dos livros a ler / outras obrigações/ nada mais tenho a dizer.
a mulher é o negro do fica mundo, disse alguém, perdoem a desmemória, que entre tantas obrigações o sonho vai ficando para trás, indo embora, retornando de vez em quando afoito, em madrugadas insones, quando saltam dali os livros, os pensamentos desvoados, esquecidos, afogados e apagados. os livros, que acabam assim, não sendo de novo lidos mas folheados, ou deglutidos numa vertigem oprimida, pois tudo o que sobra são comos restos dessa vontade rasgada. e um desejo de nada fazer, de nada mais ser, já que este aqui vive de não viver.

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