domingo, 3 de julho de 2011

a flor

a flor de maio finalmente em fins de junho quase julho, floriu.

o que me mostra que o tempo da flor é o tempo do cuidado. depois de anos, resolvida a colocar a luz e terra nova, nutrientes e água fresca, saindo da secura ela finalmente brotou. foi quase estranho ver a cor, rosa carnuda, algo genitália, uns pelinhos amarelos, naqueles brotos rosados, ali, a despontar do verde carnudo das folhas cactus, que de tanto se ramificarem, em verde cada vez mais escuro, provando a minha resistência e paciência, a possibilidade de existir inteira novamente. foi quando eu decretei para mim mesma que enquanto esta flor novamente não desse flores, como há cinco anos havia dado por uma única vez, eu não estaria ainda pronta aos mistérios do cuidado com a vida, aberta aos ensinamentos que ela me traz a cada dia, tanto comigo mesma quanto com o outro. e então, purificada pela luz mesmo que desconfiada e ligeira de meu primeiro okyiome ela fina, finalmente floriu. eu sempre regando o vaso de cerâmica esmaltada verde a pedir, ofertar, agradecer e a procurar entender aquilo que minha razão não entende ou aceita. a lição se completou no acontecimento da flor. obrigada, arigatô.

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