quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

eu, hoje

preciso de um pouco de mel. roupas para dormir. camisetas para usar. depois lavar e passar, assim fico nesse compasso de espera, no silêncio que me preenche neste espaço que me separa de meus filhos um pouco da minha vida e das suas histórias. tudo junto, como o pai pode não saber? que forças contrárias nos afastam assim? deles não tiro mais fotografias, pois já a vontade não é mais guardar os momentos, mas procurar vivê-los. roupas para domir, filhos para sonhar, música para ouvir. mel para aquecer. carro para vender, móveis para trocar. vida para viver. onde mora o meu coração? emprego para dizer, trabalho para viver. remédio para tomar. uma dúvida no ar. estarei fazendo certo? é preciso que tudo seja assim, tão milimetricamente calculado? onde está o meu desejo? onde escondo minha mágoas, onde moram minhas vontades? bem que seria bom uma nova vida, renascida pelo amor, pelo menos o amor, eu sei. nada de novo, mas tudo de bom se acontecer de novo. pés para caminhar, pernas para correr, coração para pulsar, mente para esvaziar.

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