quarta-feira, 12 de maio de 2010

sonho

persiga seu sonho, me diz a irmã. persista. mas o maximo que consigo me lembrar são os porques dos sonhos da noite anterior. não vendo o mundo em perspectiva, invenção da racionalidade, do olho e da mente que tudo sabe, sou uma poeira minúscula a me perder a cada instante, apática com o grande nada. leve e sem direção, sem vontade além.


me interessam mais os movimentos circulares o eterno retorno. o mestre e o aluno, olhos fechados, e a amiga que faleceu fazendo os movimentos calmos do tai chi, porque?


sonhei numa noite que eu era a cantora maysa, me vestia igual, cabelo igual, vestido da época eu entrava num carro a esperar o motorista, eu no banco de trás, de chupetas, nem mulher, nem filha, uma mulher grande estranho ser melancólica e emburrado a usar chupetas, a esperar a partida. freud não descreveria melhor.

tempos de facebook: publicar fiz almoço de lentilhas porque não tinha mais nada, da fome fiz o calor, mas na verdade me interessa vincar o processo anterior da dor, daquilo que falta, como descrever isso em poucas palavras, e para qual leitor? a quem quero enganar? mas e se o cultivo do desamor for também um disfarce qualquer? como aquele sujeito que se fotografa a si mesmo sem parar, só tem noção do sol que habita nele, nem pulgas habitam um corpo frio.

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