uma outra vida

quando passo por desconhecidos prescrutando olhares ou ao contrario quando conhecidos passam por mim sem me ver. eu sinto e quero então a liberdade de outra vida. quem me aprisiona? a quem devo considerar? porque este não é o lugar onde quero estar, esta não é a forma que eu vejo a vida e como quero viver. acabo de assistir ao filme El segreto de sus ojos ( lindo lindo, romantica que sou) e saio pela avenida pensando nessas vontades qque adiamos por anos, essas vontades que nos acompanham por anos. Quantos? quando terei o blog que imagino ter, com as imagens que irei colocar, quando serei livre enfim? De mim? Acho que viver é uma escolha que ainda não fiz. me distraio aqui enquanto meu mundo já ruiu e espera para ser arrumado depois de reconstruído. mas as dúvidas são tantas, que logo no primeiro passo eu sei que continuarei aqui, entre pilhas de jornais a sofrer de sofrimento que escolhí por companhia. eu, que de vez em quando acredito que a vida é possível, mesmo que não seja a imaginada, a idealizada, mas me encontro nos desencontros e preferindo lutar com teclas do que ...por um instante na avenida, eu passei a me ver alí a distribuir uns papeis, com qualquer escrito somente pelo prazer de estar alí, de existir alí, em meio ao burburinho de gente a correr para todos os lados. eu ando lento na multidão, para sentir meu calor junto aos outros, que passam com seus desejos, problemas, alegrias e obrigações. ou nada disso, há também os que andam por andar, por acreditar na persitência da humanidade, num desejo qualquer de ser feliz, de estar presente.