sábado, 24 de abril de 2010

são irmãos que não se comunicam. são traduzidos pela matriarca em gestos e falas. cada um sabe do outro através dela. assim os laços nunca se fazem estando sempre entreaabertos a serem confirmados pela voz última. seria eu a eterna filha? seriam sempre os mais apossados os mais condinzentes? eu festejo de quando em vez uma alegria que vem da memória da infância, e segue agora o mea culpa, de quando antes ainda existia o projeto do que seria a vida adulta que eu agora ainda não vejo assumida, da vida que vou escutar rebatida duas vezesa por semana mesmo que seja um desconforto ouvir, dessa luta com o óbvio da existência mantida pelas mãos de um trabalho eternamente adiado resultando então ser a incômoda situação em que me coloqueia mais pura tradução de um suicídio velado, pouco a pouco mais ocmpreendido e desmantelado em teimosia de menina mimada, brincando de tristezas e de sonhar à revelia do que não tive, quando decido então não mais crescer. peter pan, ou cinderela, a vida vai mosttando no entanto acontra golpes uma realaidade mais dura, mais coesa e coerente que verdasdes ingênuas e momentâneas. mas ontem depois de rapar as últimas economias e bater num carro parado, ainda assim, ter ido depois disto assistir a uma aula de poesia, ví alí a decisão mais clara de crescer escolhendo o caminho e hoje igual, decidida deixei a panela do brigadeiro esfriar e tomei a frente de uma quantidade enorme de roupas empilhadas destinadas a diferentes modos de lavar e depois passar, para serem depois sujadas e deste modo infinito se tornarem ciclos de escravidão e desvario paraquem quewr se sentar frente a um nadaqualquer e escrever, ou desenhar, ou simplesmente sonhar de um modo mais terno deixando que estas que agem como obstáculos das pequenas grandes vontades diárias, logo ao acordar,quando diz mais um dia, será hoje então o dia? vontades essas tão genuínas tão meninas pedindo uma atenção garantindo que fazem o dia brilhar por sí, se então tomadas as mãos, mas não, mas quando não, é como a moret, são as pequenas morets, primeiro as contas depois o emprego e depois as vontadesjá forma substituidas pelo canasaço, e nadamais, as pernas doendo, que acumulam a falta de estímulos mais prazerosos, e então avançando pela frente das pilhas de tecidos, que se deixavam cair, que me atravessm pois eu vou como quixote destrambelhado, como a frente do carro rasgado atravessando eu vou, numa furia por entre a série de livros ou papéis, não importa, ou as lâmpadas com força colocadas em qualquer lugar ou o quê, tudo sujo empoeirado, dizendo hoje não hoje não, para que a porta se abrisse e se abrindo um pouco bem pouco espaço pois logo a deteve uma caixa enorme, a baixela do casamento, ora com um pouco mais de força então, e um pouco mais ainda de vontade ainda, isto é tão premente e como que não quer mais ser adiada, nem empilhada nem desgostada, quando encontra dentro de outra caixa debaixo de mais uns edredrons aserem lavados ou já lavadose já novamente empoeirados porque essa é a casa que não tem fim mas que acaba comigo e eu quero acasa que termina em mim, e elas que ainda estavam lá, na caixa de paapelão, dentro de onde numa sacola bordada de vermelho, as goivas de metal. Que dignas estavam como quem não pertencesse a qualquer varal de adiamentos, intactas estavam, perenes e quase contentes, porque libertam brtos de formas e pessoas em gestos cavados na madeira recem lixada. e é quando desligo a panela, enquanto um um vai brincar de montar legos e outro entra na sua esfera íntima é quando eu desligo a panela, dizendo que ficar aqui não mais eu quero e o que eu quero? que eu preciso do encontro. que eles me perguntam do brigadeiro, eeu respondo com respeito, ele, na panela, e eu aqui. fora dapanela, na janela, do lado de fora, abrindo a porta e buscando estradas. desculpem se divago. e vou buscar minhas goivas para gravar a madeira. são ímpetos de vontade de trabalho que precisam permancer na urgência para não serem deixados logo depois de lado. porque de uma vontade urgente planificada vem outra, e então medidas são acumuladas sem prioridades e a vida desvira desde onde antes era o inferno das emergências, com cada coisa em seu lugar.

2 comentários:

Luciana Camuzzo disse...

eu sempre leio e gosto do texto mas, me preocupa você. Entre em contato.

Luciana Camuzzo disse...

sempre leio, quando quiser entre em contato.

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