terça-feira, 13 de outubro de 2009

sonho

no alto de uma colina verde ficava a casinha das crianças verdes. na hora da saída de escola vou buscar meu filho pela primeira vez. pergunto para alguém da escola onde ficam os verdes, pois me dou conta de não saber o local que devo buscá-lo, mesmo que para uma rotina de uma mãe isso devesse ser um caminho comum. mas não era mais, e eu havia finalmente reconquistado esse caminho quando encontro flávia, de quem me lembro como a mãe de um colega do meu filho, mas ela parece por seu lado estar ocupada e não se surpreender muito com a minha presença alí. ao ver a colina verde e lá no alto a casinha e o morro por onde as crianças escorregam fico mais uma vez feliz, por ver meu pequeno filho tendo uma boa infância. noto que antes do morro há um lago, onde pequenas tartarugas deslizam, e eu fico a vislumbrar a beleza da cena, enquanto as mães sobem para buscar seus filhos, fico alí olhando e comento com alguém ao meu lado quando noto que só falo com homens, provavelmente dois pais. eu me atiro na água então para ir de encontro ao meu filho mas a cada braçada dada sinto uma forte correnteza de água me puxando para trás, fazendo assim meu esforço inútil, e sei então que não alcançarei este filho, não saio do lugar, estou me esforçando para ir adiante mas há uma correnteza que me puxa sempre e mais forte em sentido oposto.

telefone: ligo para ele, que atende ao gritos, porra patricia, não vê que estou no outro telefone! desligo. eu sabia, eu abia. um dia as coisas acabam assim. daquela mesma forma que você o vê falando com os outros, um dia você passa a ser este outro. toca o telefone de novo, uma voz feminina diz dona patricia, como faço para falar com a senhora no número 22 023 567?

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