"E, aos poucos, sem palavras, ela lhe ensinou um novo tipo de desejo. Estava acostumado a ser servido, a ser atendido anonimamente por profissionais experientes. Agora, na caverna branca, ele se ajoelhava nos ladrilhos. Baixava a cabeça, lambendo-a, o sal do pacífico misturado à umidade da mulher, o frescor das coxas envolvendo seu rosto. Com as mãos apoiando os quadris dela, ele a segurava, erguia como um cálice, seus lábios pressionando com firmeza, enquanto a língua buscava o local exato, o ponto, a frequencia que a faria chegar lá. Em seguida, com um grande sorriso, ele subia nela, a penetraria, e acharia seu próprio caminho até lá.
depois disso, algumas vezes, ele ficaria falando, longas aspirais de narrativa sem foco que se soltavam para unir-se ao som do mar. Ela falava muito pouco, mas ele aprendera a valorizar esse pouco, e ela sempre o abraçava. E escutava"
2 comentários:
não sei porque, me sinto no dever de deffender a ficção-científica! se considerar má literatura, nunca mais toco nesse assunto:
"E, aos poucos, sem palavras, ela lhe ensinou um novo tipo de desejo. Estava acostumado a ser servido, a ser atendido anonimamente por profissionais experientes. Agora, na caverna branca, ele se ajoelhava nos ladrilhos. Baixava a cabeça, lambendo-a, o sal do pacífico misturado à umidade da mulher, o frescor das coxas envolvendo seu rosto. Com as mãos apoiando os quadris dela, ele a segurava, erguia como um cálice, seus lábios pressionando com firmeza, enquanto a língua buscava o local exato, o ponto, a frequencia que a faria chegar lá. Em seguida, com um grande sorriso, ele subia nela, a penetraria, e acharia seu próprio caminho até lá.
depois disso, algumas vezes, ele ficaria falando, longas aspirais de narrativa sem foco que se soltavam para unir-se ao som do mar. Ela falava muito pouco, mas ele aprendera a valorizar esse pouco, e ela sempre o abraçava. E escutava"
(Wiilliam gibson, count zero)
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