sexta-feira, 29 de julho de 2011

hoje

até que enfim é sexta feira, me dê meu Deus mais que alguns pedaços de pizza congelados, como único prazernesta noite quente e poluída. entendo porque o satóri me trouxe de volta à vida. um pãozinho de arroz que para minha surpresa é doce e recheado com uvas me supreende enfim. ele me aquece, e diz, vai, continua, você está viva e pode estar feliz, porque há esta chance de viver o presente. aqui. agora. não sou com ou sem filhos, estou com ou sem, mas sempre comigo mesma, isto não é qualidade ou adjetivo, porque eles depois de mim, também tem suas vidas a seguirem, assim como sou eu mesma, desde que nascí. e chega de remoer este passado e de escolher e ficar triste e triste. amor fracassado, o maior de todos, talvez o único. e por isso mesmo, fim. porque este passado passou. mesmo para os que vem desse encontro ou do que chamamos de amor, nossos queridos filhos, é preciso a eles também dar uma chance, de reatualizar suas vidas e seguir seguir, no caminho que é para viver e bem. sei que a memoria do que se foi persiste e é triste,mas por isto mesmo, ela precisa ser lembrada que é uma construção também, e por isso mesmo pode ser refeita , desfeita , para não o modelo que ad infinitum, se reoete, em outros encontros, outros lugares, a confirmar sua persitência e vitória. eu escolho viver. hoje é sexta feira, depois sábado e no domingo estaremos todos juntos e nesses dias eu posso estar feliz. mas não fiquem em casa a rememorar o que ficou, não me segurem no velho modelo de mãe apreendido, que eu posso ser outra e feliz de verdade, se posso me reconstruir. chega de me magoar assim.
cheira a manga doce, cheira um queijo que ficou. avião passa. com ainda estou aqui?

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