eu de novo

comer um pacote de pão de mel inteiro sem me importar com o amanhã ou as calorias que trazem. e a hideko dizendo que admira as pessoas que dizem não pra aquilo que gostam, ela acha que tem carater e força de vontade. a alma japonesa, ah. e eu, normalmente, educadamente e criteriosamente deixo um pouco para depois. acredito no amanhã, acho que me pertence, e assim guardo e poupo, preservo a ansia e consigo adiar um gozo que se supõe infinito mas que é finito. mas hoje não, hoje eu devorei eles todos até o último, até o fim de fato terminar. assim como meu dinheiro, que foi até o fim. assim como eu, que vou até o fim. como tudo sempre vai, até o fim. para que eu aprenda a não me poupar da vida, já que ela me acorda todos os dias, e me pergunta, ainda?