havia um cachorro de pelo preto lustrado bem em frente à entrada de um prédio bacana com apartamentos com varandas. ele estava à espera sozinho para entrar. mas devia ser anunciado e como se sabe, cachorros não falam em interfones. então se sentou alí mesmo, como se mais nada houvesse a fazer a não ser esperar que o portão se abrisse para poder entrar. par que não me perguntem, não faço idéia. mas eu era aquele cachorro alí, como disse giacometti uma vez vendo um cachorro derua, eu sou aquele cachorro.
os anjos inertes de win wenders, o que encarna e faz uma escolha.
no céu três nuvens idênticas se emparelhavam anunciando uma possibilidade qualquer da exisitiencia de uma ordem divina.
volto para casa. pilha de roupas se sobrepoem a jornais por onde tropeço e esbarro sem direção ou intenção.
Nenhum comentário:
Postar um comentário