sexta-feira, 6 de novembro de 2009
cartão vermelho
o formato de um cartão branco no chão me intrigava. o que estaria fazendo alí? enquanto procuro o cartão do guarda volumes de cor verde entre as folhas do caderno com pautas em minha mãos, e depois de abertas todas as folhas sabendo em definitivo que alí ele não está, resolvo então ir de encontro aquela forma alí no chão. quando o pego, como que desavisada e desapontada, encontro o que procuro. Preferia que fosse aquilo outra coisa, mas é tão somente o cartão verde que procuro, virado do avesso e com as costas brancas à vista. Eu que imaginava que seria uma tampa a fechar algum circuito elétrico instalado no piso do paço da artes, concluo que complico um tanto as coisas, tornando os caminhos muito mais difíceis mas ao mesmo tempo surpreendentemente mais interessantes que a banalidade deles. Tanto o banal toma um vulto de enorme importância que dele escrevo, quanto igualmente dele me valho para uma autodepreciação constante.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário