supermercado número um
pão,
tomate,
amaciante com pouco cheiro,
pasta de dentes e geléia de amora. como essas coisas se combinam lhe parece sempre mais alucinação que realidade. outro dia era bombril e a pilha pequena que seu filho pediu, mas as vezes são coisas como mamão papaya e desinfetante.
o pão pode ser integral, mas não vai ter alí aquele que prefere, natural e integral de verdade. ah, o café, pelo menos o básico garante até pode ser esse sem que se arrependa de acordar a cada manhã e ter que tomar esse café com o leite de caixinha com gosto de água.
e tomate vai ser o comum mesmo daquele solto e aguado, mesmo que saiba da quantidade de agrotóxicos e até por isso mesmo pensa porque não ela se todos alí compram e se envenenam por um ou dois reais a menos. melhor viver mais com menos ou menos com mais?
enfim. amaciante barato não, que depois não consegue nem vestir a roupa e o cheiro demora a sair. ah e o óleo, tudo bem esse.
no carro, como sempre, se esqueceu dos guardanapos.
de novo
supermercado número dois
guardanapos
no caixa procura pensar em coisas mais nobres como o silêncio das borboletas para que a luz fria a incomode um pouco menos que a inconsistênia dos seus sonhos e acompanha o tempo em que a moça registra as suas mercadorias, empacota ela mesma o que pode, paga e sai dalí pretendendo não voltar tão cedo. ou mesmo nunca mais. melhor assim.
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