terça-feira, 7 de julho de 2009

a troca

no dia seguinte assisto com meu filho já adolescente ao filme "A troca" e penso nesse pequeno paraíso ao qual me referí antes, que toda mãe ( em seus melhores dias) quer. Colocar seu filho na cama, vê-lo dormir, fazer um pequeno afago, sentir que quer lhe dizer o seu amor e sussurrar algo em seu ouvido. Parecem cenas, mas dar um beijo em sua testa, apagar as luzes do quarto e sair como que sentindo que existe alí o pequeno paraíso, é mesmo simples e verdadeiro. Ter seu filho consigo em paz ao seu lado. No filme, justamente a mãe, representada pela bela Angelina Jolie, põe seu filho na cama pela última vez numa certa noite. Quando no dia seguinte ela sai de sua casa para ir ao trabalho e na volta se depara com a casa vazia e a ausência inexplicável do filho, o drama se inicia. O desaparecimento do filho e a cama vazia traduzem o sentimento desta mãe.. A história é real, o que nos comove ainda mais. E assim, durante todo o filme, vemos essa mulher indo atrás de seu filho até que lhe trazem ( a polícia da Caifórnia) outra criança e todo um jogo de poder se revela nesta luta, quando passa a negar o que lhe é de direito ( não aceitar a crianca que lhe impõem) e depois indo em busca de todos os seus direitos. Uma mãe que afirma ser aquela crianca outra criança e um estado opressor tentando induzí-la à loucura, afirmando que a mãe sofre de problemas mentais, que nega seu próprio filho, que sofre de alucinações e encobrindo a verdade às custas de violência psicológica e física( quando é levada à força para hospitais psiqui´trico, para onde vão todas as mulheres que desafiam um sitema que não admite suas reais falhas, e que busca para sí falsas condecorações ao mérito). A desumanidade) dos coniventes sistema policial e psiquiátrico se revela através do reverendo ( representado pelo ótimo John Malkovitch) de Los Angeles que vai em busca da defesa desta causa, da mãe em busca pelo prório filho e do desvelamento de um sistema policial corrupto. Bem, o filme é longo, sensível e tenso, pois outra trama permeia a estória toda, ainda mais forte.

Hoje, um sol de julho à espera da programação de férias.E uma troca de roupa em loja de crianças, ainda bem.

Imaginem lhe devolverem uma crianca que não é seu filho, menor dez centímetros, e lhe afirmarem que você é quem está fora de sí. Devo lutar mais pelos meus, eu que deixo o pai controlar e abusar impondo uma ausência que eu não desejo.Por isso depois do filme um choro convulsivo. E depois alívio.

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