domingo, 4 de julho de 2010

quantas, lá

Então posso ser poeta, posso ser verdade, posso ser tonta, posso não querer, posso viver, posso dizer mas posso calar. Posso dancar de saia, subir no muro, trepar cadeiras, me jogar no mar, boiar na espuma, pisar na lama, chegar mais tarde, chegar mais cedo, dizer não obrigada, mas tudo querer. Subir subir, rodar, rodar. Posso ser afro, branca, japa, ou índia. O que importa agora é ir mais fundo pra chegar lá no alto. Eu posso.

Tem dias que a gente se acomete de vontades e poderes. Outros de migalhas e chorares, hoje, infinitas ansiedades me percorrem, saudades de uma vida, uma alegria que não se contente, vaza. E tesa, guardando o melhor de mim ainda, em mim. Mim não quer mais assim. Eu hj quero fazer circo, ser a musculosa e a equilibrista. Tudo ao mesmo tempo agora. Mas pressinto que sou mais a moça na qual o atirador lança suas facas. OU a faca que se atira ao lancador.

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