segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

imagens

duas viagens e a mesma questão: não tiro fotografias, evito de alguma forma as imagens que possam ser oferecidas aos que alí não estiveram. guardo em mim todas as imagens com devoção e amor a cada instante vivido. permanecem em mim as palavras e os tempos percorridos. revelam-se intactas as memórias. como as águias cruzando no alto do céu de kerala, numa dança que acompanho como num sonho até que partem para um longe que meus olhos não mais alcançam. para onde ir depois de um lugar onde depois do mais alto de um templo há ainda outros andares ainda a buscaro mais alto?E para onde ir depois de um sol avermelhado posto frente a uma lua cheia, sendo o centro o silêncio encantador de arunachala? e eas palavras que havia escrito antes de saber que eu encontraria a montanha sagrada ,"que montanhas terei ainda de percorrer"? e os desenhos riscados com o pó que cai das mãos das mulheres, em traços perfeitos e sinuosos, e como fotografar o instante mágico em que os ví sendo feitos? como descrever a presença de uma comunicação tão simples? ou do msitério de como eram elaborados? a cada dia um novo dia. com que máquina eu fixaria sorrisos generosos? e porque não? dizia um amigo russo, olek, nós que nos revelamos artistas, de diferentes formas, de olhos atentos e almas presentes . quantas saudades dosamigos russos, alemães, suícos, suecos,brasileiros, franceses, americanos, ingleses, italianos, dinamarqueses, indianos, venezuelanos, escoseses.e tantos mais amigos e amigas do mundo inteiro que encontrei procurando se encontrar. Cada um com seus poemas e dilemas, cada um de nós procurando no outro um pouco daquilo que parecia ser possível compartilhar pelo caminho, por infinitos trajetos, muitos caminhos, um caminho pelas indias.

Nenhum comentário:

Minha foto
são paulo, sp, Brazil

guardados

guardados