eu nao sei mais de mim

o que eu penso de mim nao sou eu o que sou eu esta ali onde nao ha pensar lavava um tapete enquanto gente que inicia a entrada nas faculdades urrava.eu acho graça tanta euforia, eu não me lembro de comemorar, sim parece que faltou a celebração da alegria, mas eu estou julgando o que eu estou pensando então isso tudo de recorrer ao que se pensou, ao que passou não tem fim.o eu é que constrói estórias, mas como é que eu faço então? artista não vive de imaginar, de criar? pera aí você está confundindo tudo, patrícia, tome jeito.e eu alí, ou aquele meu eu lá enquanto esfregava com calma o tapete rosa soltando água rosa e a sujeira dos dias, eu alí era ao mesmo tempo a que lembrava, ah agora eu tenho mais lembranças para mim, algumas cor de rosa tamb´m e me perdoem seguidores que me admiram e que ainda intuem uma ligação com a minha pessoa, digo, cara, eu te amo, porque você me disse que ama lavar roupa, mesmo que minha falsa carade boba na hora,porque estava interesseira e pensava besteiras, mas para a minha surpresa isso me tocou, aquele rapaz que brincou de me namorar na volta de um caminho, que abria seus braços um pouco sem graça porque já tinha namorada e sabia que seconfundia alí, e claro, entre nós quem melhor que eu prafazer o papel da terceirae aí vou sendo irônica claro, porque aquilo me confundiu todatambém queé isso de menina adolescente aos quarenta anos?ué e não pode? que pena, não me contaram que a gente tinha que, que pena, bom, faz de conta que eu ainda não sabia, ok? mas nem sabe ele que me emocionou por dizer coisas tão simples. e que pena que depois tenha eu feito um papel de neurótica singela para quem talvez um cara como aquele, que não namorava há tempos fosse demais, ou de menos, ó pobre de mim. não essa é muito complicada,ele pensou, com certeza, ou não sei lá, o que importa, ele até respondeu uma vez, mas o fato é que eu não sou nem namorada nem nada, e foi tão estúpido e engraçado quando ele perguntou o meu nome ao lado dela, como se não se lembrasse, ou ele é débil mental, ou eu, ai meu deus, temo a segunda resposta ser afirmativa. e que pena, nem a casquinha tirou. assim eu me sinto e não me venham legiões de admiradores, que eu odeio isso, não me digam que sou mulher e ótima mãe e artista, que odeio ouvir isso, não tem coisa que eu realmente odeie mais, principalmente quando me eperdoem, você se sente o cú do mundo, incapaz de produzir um pensamento belo, ou talvez até o contrário tantos que você até prefere esfregaro chão a ter que se sentar pra ouvir seus belos pensamentos que não te levam a lugar algum e então estou snedo clara, realmente não me interessam nomes e galanteios. mas também o contrário quem é que aguenta? peneira furada hoje eu conto tudo, meu marid bateu em mim, e me chamou dos piores nomes, e o outro então que me disse na cara, ah deixa para lá, eu não me importo mesmo.será?ela pergunta. será? ah.que coisa difícil eu sou, por isso continuo assim. pensar é meu esporte favorito.e sim, agora tenho um pensamento a mais para colecionar, na cachola, eu queria ser a escritora que escreveu pipi meias longas, e cada vez que eu leio um livro da claricepro meu filho eu pensao que eu sou ela, mas ele que não é nadabobo, me eprguntou uma vez, foi ela que disse ou você que tá dizendo isso mãe? e eu não sabia o que dizer, porque essa coisa de se dizer, veja como eu sou sensível , então eu me embaralhei toda, só porque não quis dizer, ela meu filho, sua mãe, não produziu uma sóo linha desse livro.e vem aquele amigo e passa a mão na minha cabeça, e outra, essa é pior coisa que eu posso aturar na minha vida, eu também odeio isso, pronto, e quem é que vai me ligar agora? pior, eles vão ligar,e eu vou fingir que eu gosto. o alvo da meditação não éo parar o pensamento o movimento eterno de críticae auto crítica, mas ouví-lo e ao ouvir, silenciar. fui/