depois de dez horas num trem noturno. a familia que chega no meio da noite. duas criancas, um casal jovem e ate se ajeitarem e colocarem tudo em ordem. me oferecem suco e frutas. minha viagem parece um pouco fora de sintonia frente a esta familia. meus filhos na praia, com a minha mae e a minha irma. pego um onibus onde durmo por duas horas sem fazer a menor ideia de onde vou parar. ou talvez isso, tenho apenas uma ideia, mas a realidade me invade, e me sinto ainda separada dela, ou pretendendo ser. alguma coisa vazando na minha mala vaza no sari da moca que se senta ao meu lado, molho o seu sari, e nao sei dizer porque. uma inseguranca. na rua, vacas com os chifres pintados de verde ou azul. no chao de terra em frente a maioria das casas, mandalas sao desenhadas todos os dias por mulheres, trazendo alegria para o dia que vem. entro num encontro, num satsang, muitos ocidentais sentados numa cabaninha de palha para ouvir mooji, que responde a questoes. ao fim, meditamos em silencio. na saida, como mais um folhado no spicy que para mim continua sendo apimentado. nao entendi a lingua indiana, e falo mais ingles que qualquer coisa. de vez em quando um espanhol. o ashram daqui, mais um guru. macacos. vacas. cachorros. nao sei do que se trata. pretendo nao saber.
como ouvi pela manha aqui se trata mais de deixar partes de voce, do seu eu/me e se aproximar mais do eu/I. misteriosamente estou aqui, para encontrar o simples. e a minha resistencia. alguns momentos de felicidade. ah morri de rir de ouvir algumas coisas...preciso arrumar minha vida..enquanto isso por aqui vou arrumando as malas, esvaziando, revendo o que tenho feito e pensado. agir em direcao a um alvo mais preciso. quando voltar? como voltar e porque estou aqui ainda. aqui tenho um quarto so meu.e eu e eu. e os outros. os nos.
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