a espera de uma nova mensagem um novo acontecimento uma nova idéia então ela abre a caixa postal e nada. nada daquilo. o mundo precisa mesmo ser construído a cada manhã.
as pessoas não saem de um concerto e perguntam "com qual intenção você faz música" mas perguntam aos poetas, disse o Chacal no começo de uma conversa na balada literária, vide seu Marcelino Freire ( a única que ouví de relance, aos invejosos peço distância ). e enfim, que cara legal esse e como há gente boçal ainda aparecendo por todo o lado.
o cara incoveniente é esse que vem e todoo cheio de sí coloca a pessoa contra uma parede por ele mesmo inventada que vem alí fazer esse tipo de pergunta, e a resposta, olha me pagam uma graninha meu filho, ô coisa chata gente esnobe.
que pena lembrar disso de novo. quem sabe a última vez, mas quando estudante de arte ( mas se arte não se ensina, se aprende) depois de feito um desenho vou mostrar a pai ele que comenta com toda a distância, com qual objetivo você fez isso? nossa, foi de matar, matar...papai e filha. e eu tento perdoar a insensibilidade. mas tem coisas que não cabem na gente, então é bom dizer pros outros pra ver se sai de vez.
e ontem, outra pergunta, como se testasse meus conhecimentos, eu ouço, quantos livros de clarice você leu na vida? gente como é que pode, assim não dá, medindo forças com quem e por qual motivo? acho que no fim, fiquei sem graça de dizer, dois talvez mesmo só um. mas o que isso importa de verdade a não ser demostrar a expressão do mais puro desafeto?
olha meu filho, clarice não é quantidade, é profundidade.
eu fico numa mesma linha por anos. e do mesmo livro. descobrí clarice lispector aos catorze anos, e foi tanto, água viva, um livro que uma irmã mais velha comprou em plenas férias de verão. eu adolescente, com os três namoradinhos, dois com nome igual, e aquele livro nas férias do guarujá. tomei o livro como se fosse meu e está comigo até hoje. anos, mas muitos anos depois, já casada, ainda procurando me entender, comprei perto do coração selvagem, achando que já era preciso ler outro livro dela. e a biografia dela, que ganhei do marido que não é mais meu, Uma vida que se conta. E foi só meu filho, a vida é justa assim. Ultimamente tenho milhares de livros começados, e meu filho me perguntando, mãe, você leu todos esses livros?
E eu vou vendo um a um, aqueles que lí inteiros e me recordando do momento em que lí cada um deles, esses livros que ficam na estante adormecidos e digo, respondo que os livros a gente pode ler mais que uma vez, e que cada vez é um livro diferente, porque a gente nunca está igual. e vou me abrindo tão diferente frente a esse outro que rí da minha ignorância. eu que a prezo tanto, pois é dela que vem tudo o que passei a saber ( e um pouco só, só sei que nada sei, o velho Sócrates)
ai essas perguntas que se desmantelam em tantas frustrações que a gente não dá conta da resposta. como é chata uma pessoa prepotente, um sujeito assim não pode existir. mas ele sabe ser diferente?
fim de romance. eu te publico aqui, com qual intenção que não de expor as minhas e as tuas falhas? e porque te procuro?
eu preciso cuidar da minha ira. sua fala?
o mais simples.
o bobo da corte e a verdade. com o rei na barriga. grupo ágora. contos de países diversos. o melhor do dia.
e da noite o grupo UAKTI.
trenzinho caipira chegando e indo. ritmos e sopros que quem ouviu se elevou.
chuva quente.
e eu vou indo.
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