sexta-feira, 4 de setembro de 2009
me myself and the others
agora ela não se despe mais de sí, sai descalça como estava em sua casa, deixa os peitos e pensamentos à mostra. esconde-se ainda um tanto, mas respira fundo e vai. não quer mais saber de sí sem se deixar perder. com os pés muito fincados no chão e braços bem abertos, é como prefere ser vista. um sorriso na cara é seu melhor batom, pois se abre um mundo ao seu redor quando isso acontece. não entende das coisas do amor mas adora romances e dramas tanto leves quanto. deu um beijo agora a pouco. não quer ser chamada de louca mas ser um doce de pessoa, e sabe que sabe ser isso. se enamora por qualquer um, pensa que são todos tão adoráveis, mas tem medo disso. muitas vezes põe seus nervos à prova. fala que vive só. fala por todos e por nenhum, com frequência se esquece de sí mesma.dos outros também. não entende porque uma escolha não é feita de forma certeira. mas segue andando, um pouco oscilante enquanto espera os filhos baterem à sua porta, decididos ao menos e sem tantas questões assim.
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2 comentários:
adorei. realmente muito bom.
Gosto da sua narrativa, da sua perspectiva, da forma como você exprime os sentimentos mesmo que nao sejam seus. E se forem, estao muitissimo claros, é possível senti-los daqui. Acho que sinto-me assim muitas vezes, mas quando percebo, reverto tudo. Assumo o sentimento e nao tenho coragem sequer de dar um sorriso, muito menos de usar um batom. Saio de cara lavada na rua e quem quiser, que ache ruim.
Escreva mais.
Um beijo,
Alice
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