domingo, 12 de julho de 2009

a casa não tem fim

há muito tempo lí esta frase, um poema, ou escrito , não me lembro bem nem de quem, sei que o sentido era mais poético, era o sentido de que a casa não termina na pessoa, a casa não termina em mim, acho que talvez fosse do neruda, e isso me lembra um amigo chileno com quem há alguns dias falei, ( eu não termino em mim, se estou entre linhas ou loucas hea um pensamento que transcorre os deveres que permeia m devaneios, dever ser mais que isso a vida, ele diz, deve ser mais, ir além ao infinito e além , buzz lightyear dizia, adoro aquele robozinho que acreditava ser mais que um mais um boneco que vem numa caixa feito numa feabrica como todos os outros) nem em mim, e eu entre pilhas de louças e roupas, sujas e limpas de dias atrás, o acumulo de idéias, papéis e projetos não idealizados e pouco realizados, penso histericamente que sim , que a casa não tem fim. mas aqui o sentido é que há um esgotamento de tudo, um acúmulo de tudo, uma supewrposiçnao d e papéis e porque o prato limpo daqui a pouco será a louça suja de amanhã, o usado que ficará de novo novo, ou num estado de espera, e de lavado e secado e guardado e lá fora um sol lindo de domingo, e as pessoas passeando, e as exposições que ficaram para depois e perdidas, mas de certa forma é esssa arrumação que ordena o meu mundo, que o domestica e que dá limite aos meus desejos infindáveis e sempre um outro e depois um outro. sempre que passeio ou saio para fora me vem a sensação de que ainda não descobrí o que exatamente fazer dentro. a obrigacão comprida. um agradecimento do que trago de lá, talvez uma pessoa excessivamente perdida. socorro, uma escritora que espera sxsr lida.

minha empregada não vem porque espera seus móveis das casas bahia. deixa ela viver seu sonho de consumo seu luxo de esperar móveis ao invés de vir arrumar aqui meu acúmulo de riquezas mal empregadas. assim, meus moveis de madeira maçica, minhas cadeiras thonnet a vontade de ser o que me impedem o fluxo de energia, tropeço entre lembranças, e meu desassossego é contínuo. mercado livre. com, alguns cliques e tiro fotos e coloco tudo à venda e quem sabe compro meus móveis verdadeiramente DESEJADOS. móveis esperança. móveis que não sejam imóveis.

la impossibilidad
todavía tengo su peso, todavía tengo la dolor de su amor. todavía tengo una esperanza. que lástima. la poesia generada sin trabajo. las palabras se arreglan mientras camino por las callles y no puedo escribir, mientras estoy en mi coche y no tengo un bolígrafo.

y después es el lo quizás qui mi mueve.


o balão colorido estampado o boizinho tantas vezes virado prato de almoço, o menino na porta me dá um balão, e a criança qeu alí está não é minha. a moça da porta. na feira então você é quem tava aqui outro dia tirando fotos, eu com a minha pin hole, e ele disse que outro dia uma menina passou por alí com essa meaquina, isso é uma máquina, não é moça? é sim, e eu vou voltar lá e levar as fotos e uma pra ele tirar fotos pra mim e pra ele.

e eu volto pra casa e ponho todo umundo pra arrumar a casa.

a minha casa não tem fim. a poesia ficou pra trás, acaba agora a oficina que não fui. mas encontrei o poeta, que estava em horário de almoço. e eu que havia deixado duas crianças em casa para fazer poesia, tudo o que conseguí fazer foi perceber que devia voltar para minha casa. a casa que não quero morar ainda assm é minha. fomos até a feira, eu que havia ido longe para constatar a feira que havia descendo a própria rua. em que rua estou? mas chegamos no fim, fim de feira, sempre em atraso em tudo. e o tempo não descansa, só há demanda.

e porque me alimento do tempo. e porque deixo que ele me domine. e porque sinto uma vontade enorme de ocupar outros lugares, de falar outras línguas, de ser outros corpos e mentes. não sair de mim. o poeta me perguntou se havia levado um poema para trabalhar. eu disse que não. então comecei a falar em espanhol, ele simpático me surpreendeu por ser quase normal. e eu não. tomar um ansiolítico, natural ou químico. qualquer coisa, isto não está bom. lavar a louça me trouxe de volta, meus filhos se deram conta do prejuízo, de esperar que alguém faça por mim. espero vê-lo de novo. ubiquidade, estar em dois lugares ao mesmo tempo.

soy tú.

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