a casa não tem um centro qualquer, desmobilizada de afetos deixa os moveis que se encostem uns nos outros. de outras lembranças se resguarda e traga aos poucos o viver de plantas que morrem minguando secas uma a uma. e as pilhas de cartas, de contas pagas e não pagas, e pedaços de papéis com dizeres e projetos, assim como fotografias sempre fechadas em pastas, e ainda que guardadas são temidaspela lembrança daquilo que trazem, e sujeiras e restos, a louça suja na pia, as roupas por lavar, outras por passar, e os sonhos a sonhar, os livros a ler, a vida a viver, se não é isto a experiência dele, nem mesmo no inferno se reconhece.