domingo, 3 de maio de 2009
estamos comendo uns aos outros
Cozinhar é bom. Sopinha de mandioquinha em pacotes com croutons. COMPRAR a mandioquinha, sair de casa, ir ao supermercado ou à feira, sacolão ou a quitanda da esquina que vende pasta de dentes e refrigerante junto com cebolas e batatas mas mandiouinha quase nunca porque não é um produto assim tão pra todos os dias. Contexto familiar. Escolher o ingrediente, se surpreender com o preço, a qualidade, talvez boa, talvez longe disso. Quanto custa a sopinha pronta? De que custo estou falando? Esse, que não são poucos, de aguentar as manobras da vida, ou o valor da paciência de se dar ao tempo. Esperar o carro de trás, ou pior, o cara que estacionou o carro de trás do seu aparecer, ou o manobrista. ou então enfrentar sol e calor, produtos murchos sendo vendidos quando o lixo ainda seria seu melhor destino, quem sabe porcos, se é que eles ainda existem. Chegar em casa, tirar as coisas da sacola, abrir a geladeira, constatar os produtos vencidos e o queijo estragado, apodrecido. Meus amigos solteiros, divorciados e eu. Virei homem também, abro a geladeira e só há alí vontades vencidas. Mas me lembro da mãe italiana, sempre uma comida a me esperar e não, meus filhos que também tenho, me lembro então da sopa, a beringela, a batata mesmo murcha ainda dá um bom caldo, e qualquer semelhança não é mera coincidência, também damos um bom caldo ou algo que o valha apesar dos tempos. E sopa caseira é aquela que você faz.
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