domingo, 24 de maio de 2009

camara escura ou as imagens guardadas

tirei milhares de fotografias da cidade de buenos aires. registro aqui as melhores:

o sentido da viagem nos melhores momentos ( cito depois os piores)
acontece o seguinte. desfrutei dos dias como deviam ser desfrutados, e em alguns momentos a fotografia parece ser necessária, como que a traduzir um momento de percepção máxima de um lugar, ainda que quisesse eu estar disfarçada de não brasileira, não turista, uma pessoa qualquer. Mas eu era turista. ( Foi lendo o livro El pelotudo argentino, que eu seria justamente aquela pessoa que ao querer não parecer ser turista tornava evidente a quilometros de distância aquilo que não pretendia aparentar ser ).
O interessante de uma cena ou daquilo que me despertava de um torpor. Me pergunto aonde está a densidade da imagem, em que lugar o espelho se mostra mais claro, onde talvez aquilo que se quer ver como que nos confronta. Está alí porque eu vejo.
Bem aí está, a continuar, que depois da centésima fotografia, me dei conta de aquele filme demorava demais para acabar. Foi quando para não estragar a brincadeira continuei a tirar as melhores fotografias, as sacadas mais geniais, a captação da luz em todas as suas nuances, os interiores mais sutis, e as pessoas ao redor. Fotografava tudo o que ouvía também, os passos e as conversas pelas ruas e lojas e cafésde todos os tipos. Fotografava a mim mesma vendo aos outros.
Então entro no avião e começo a disparar algo como umas trinta vezes, claramente decidida a abrir a máquina, a finalmente trocar o filme que não estava lá desde o início. E onde o rolo de um filme já teria acabado, abro a máquina constato que sim, o filme não estava alí, que a máquina completamente vazia não retirava meu arquivo cheio. minha memória repleta delas,
todas as pessoas nas ruas.
os armazéns "auto servicio", as palavras fotografadas, as placas de transito, os cartazes, anúncios e embalagens assim como trazer para a aula de espanhol um escape na realidade, onde envases, camiones, maíz, acete, vasos, tazas, são mais que palavras aprendidas são sinais de que o mundo está para ser usado. As palavras imersas sinalnado as coisas, que na língua mãe são como que elementos que se igualam, passam a ser nesse dicionário prático, um algo que chamamos aquilo que é, de difrentes formas. E entrar numa quitanda e identificar as palavras aos alimentos conhecidos foi como aprender a ver de novo.
árvores recortadas e coladas como um ceário para o lobo pintado na parede de treas. pensei em meu filhos d e cinco anos. Aqui ele se encantaria. sacadas que divertem crianças e adultos. se arte pode ser isso e algo mais. e tudo depende do que se vê.
gatinho preto magrinho brincando com bolinha branca, no restaurante escuro, depois de rodar e rodar pelas ruas.um momento de descanso vendo a atividade do bichinho. a menina que entrou depois e o pegou no colo. eu tentando fotografá-lo acompanhando seus passinhos.
sol de fim de tarde no parque em recoleta. a árvore castanho e a subida em direção ao centro cultural recoleta.
fotografias de fotografias expostas.
no palais de glais, além de reproduções de trabalhos de alguns artistas
o homem velho que me acompanhava. um pouco curvado, havia vivido em sao paulo, campinas, londres e que havia nascido em san telmo.
(que lindo, a informalidade, o contrário do cubo branco, as paredes caiadas) famílias inteiras a passear. de noite, um palhaço adicionando graça na travessia da rua. pequenas surpresas, uma cidade encanto. a passeata dos imigrantes bolivianos ou peruanos. e aí de fundo o querer ser europa se defrontando com realidades definitivamente não são. usavam bandeiras coloridas.
o som que vinha de uma instalação da artista de missiones, de onde vem ,darí, mi kerido) em que os textos eram relatos de pessoas descrevendo problemas do dia a dia e da moradia, desigualdade social.
coletivos e fotografias: " laberinto de miradas".
a menina pendurada no tecido pendurado na árvore treinando circo.
o guarda com a roupa laranja luminosa ao lado do outdoor ( que eu achava ser o trbalho de um artista e ele de uma campanha anti-drogas) escrito: Psicóticos: quien no és? fotografei também a simpatia deles. a educação dos motoristas de onibus, isso sim, quanta diferença. O calor do subte, a velharia, a beleza, a conservação da beleza no que ela tem de mais precioso. Os espelhos bisotados no omnibus para recoleta.
san telmo o mercado, as ruas pequenas, de pedras e trilhos de trem por onde lea passavam. mistura de centro de são paulo com vila madalena.
as lojas de antiguidades.
inevitável, os cafés.
hostell one: chilenos, africanos, alemães, americanos, brasileira ( eu, a amiguinha), e darío ( el pelotudo de missiones).

Nenhum comentário:

Minha foto
são paulo, sp, Brazil

guardados

guardados