sábado, 7 de março de 2009

"pequenos inícios de um livro que nunca tem histórias"

insights de roberto tentam traduzir patrícia



os peixes de nada sabem é o pequeno título para um livro que não escreverei.

um homem sem um braço e com uma estória, outro.

o mar conta estórias e guarda ondas, é o início de um livro que realizei mas que tem neste seu início o melhor. porque os começos são repletos de possibilidades. porque os ciclos quando se fecham se completam. porque somos um mar de possibilidades. porque somos mil e uma pessoas. porque uma vida é pouco. é pouco para mim, dizia Paulo, amigo de meu ex.


Alice no espelho, o título do encontro entre eu e Alice. Alice Patrícia.


e tantos outros.

também porque a incompletude gera reflexão contínua, se abre a infinitas caminhos. e por aí vai. pode ser enlouquecedor também. lí como recomendação num livro espírita: quando começar algo, termine, coisas não terminadas geram um sentimento de frustraçao. verdade. termino aqui então, a idéia foi dizer farei um livro feito apenas de começos, se é que isto pode ser um livro. dá pra ser uma idéia de livro de artista, talvez. capas imaginadas para os diversos livros.

resíduos de um casamento com um artista gráfico. o que foi e o que ficou. gostaria de ser pedra.

3 comentários:

roberto disse...

livros sem começo e com (algum) final:
Uma inteligência artificial (é ficção-científica...)se auto-destrói, pois não consegue interpretar o conceito de inconciente. Quando essa IA se depara com a obra de Freud, ela vai interpretá-la por sua lógia cartesiana-dialética. Acaba, por força da coerência de sua programação, a programar, dentro de seu hardware, uma simulacro-constructo do que seria, em sua tecno-consciência, um sub-consciente, ou melhor, um tecno-id. Esse id vai atuar como um virús, destruindo a primeira (e impossível) inteligência artificial possível. moral: não há IA.
(um começo possível: jesus é reconstruído artificialmente por investigação antropológica de seu DNA, por uma IA, em sua infância, digitalizando o primeirpo livro básico [biblia]. Esse Jesus é atropelado simultâneamente em vários lugares do mundo).

outro: uma mulher, por puro desejo, se transforma em uma hermafrodita. Seu esperma produz uma geração de hermafroditas que constroem uma comunidade auto-sexual-suficiente de mulheres (?) hermafroditas. Por mística que é essa comunidade, ela acaba por existir num lugar imaginário, talvez na cidade de cotia.

etc.

livros imaginários todos temos, seus inícios e, talvez, seus fins.
Porque? quando lemos um livro, ou vemos um filme, todas as falas e atidudes são perfeitas. Os personagens (que nós queríamos ser nós) tem as respostas e ações que nós queríamos ser as nossas. [quanta cacofônia!]
Mas, são assim: pensados, e escritos "do fim para o começo", como todo bom livro policial. Quem, entre todos os mortais, não gostaria de ter todo aquele repertório perfeito? Porque, afinal, nossa vida não é um livro, onde tudo tem sentido, contexto, objetivo?
Quem não se quer ler?
eu quero fazer o roterio da minha vida. E acabo por reescrevê-lo todo o dia, dia após dia. Apesar de tão perfeito quer pode parecer, alguém (...) acaba por refazer, rasgar ou melhorar esse (bendito/madito) rascunho.
Histórias com início são todo o dia.É o lugar da vida. Que deve ser a sua, na construção do seu roteiro cotidiano, que te dá sentido, dá razão.
Livros só finalizados pertencem ao mundo das promessas.

patriciab disse...

de tanto escutar nada a comentar

patriciab disse...

não me engula por favor

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